Navios à Vela
Mastreação
Designação dos Mastros – os
navios de vela tem, por via de regra, dois ou três mastros. Neste último caso
os mastros são, começando de vante (da frente do navio – proa) para a ré (da
parte de trás do navio – popa): mastro do traquete, mastro
grande (ou mastro do meio) e mastro da gata ( se armar com velas
redondas) ou mastro da mezena (no caso de armar com velas latinas).
Havendo só dois mastros,
chama-se mastro grande ao da ré, se este for o principal, e o traquete
ao mastro da proa. No caso de ser o mastro da proa o principal, tomará
o nome de mastro grande, chamando-se ao de ré mastro da mezena.
No caso de navios de quatro
mastros, estes designam-se por: traquete, contra-traquete, grande,
e gata
(se for vela redonda) ou mezena (se for vela latina).
Raramente haverá navios com cinco
mastros: traquete, contra-traquete, grande,
contra-gata
(ou contra-mezena)
e gata
(ou mezena).
Fragata Fernando e Glória - Portugal
Chama-se “Guinda”
à altura dos mastros, e “Palha” à sua grossura.
Cada mastro é em geral
formado por duas ou três partes distintas, chamando-se à inferior, que é a mais
grossa , “Mastro Real”, e às outras “Mastaréus”. Os mastros inteiriços,
isto é, sem mastaréus, são conhecidos por “Mastros Mochos”.
Navio treino de Mar (N.T.M. Creoula) - Lugre de 4 mastros - Portugal
Dá-se o nome de Gurupés
ao pau que saí pela a proa, formando com o horizonte um ângulo , chamado de “arrufamento”,
que pode ir até aos trinta e cinco graus. Para oferecer apoio ao gurupés, o
navio de madeira tem a roda de proa prolongada por um beque (nome dado à parte
saliente da proa), chamando-se talhamar à peça mais à vante do
beque. É na parte superior do talhamar que alguns que alguns navios têm a “figura
de proa”, que é em geral um busto conhecido vulgarmente por “carranca”.
N.R.P. Sagres (Barca) - Marinha Portuguesa
Navio à vela de 5 Mastros e 42 velas - Royal Clipper (Star Clippers Cruisers)