sábado, 13 de dezembro de 2014

Vela Clássica




Navios à Vela


Mastreação


Designação dos Mastros – os navios de vela tem, por via de regra, dois ou três mastros. Neste último caso os mastros são, começando de vante (da frente do navio – proa) para a ré (da parte de trás do navio – popa): mastro do traquete, mastro grande (ou mastro do meio) e mastro da gata ( se armar com velas redondas) ou mastro da mezena (no caso de armar com velas latinas).
Havendo só dois mastros, chama-se mastro grande ao da ré, se este for o principal, e o traquete ao mastro da proa. No caso de ser o mastro da proa o principal, tomará o nome de mastro grande, chamando-se ao de ré mastro da mezena.
No caso de navios de quatro mastros, estes designam-se por: traquete, contra-traquete, grande, e gata (se for vela redonda) ou mezena (se for vela latina).
Raramente haverá navios com cinco mastros: traquete, contra-traquete, grande, contra-gata (ou contra-mezena) e gata (ou mezena).




Fragata Fernando e Glória - Portugal


Chama-se “Guinda” à altura dos mastros, e “Palha” à sua grossura.

Cada mastro é em geral formado por duas ou três partes distintas, chamando-se à inferior, que é a mais grossa , “Mastro Real”, e às outras “Mastaréus”. Os mastros inteiriços, isto é, sem mastaréus, são conhecidos por “Mastros Mochos”.



Navio treino de Mar (N.T.M. Creoula) - Lugre de 4 mastros - Portugal

Dá-se o nome de Gurupés ao pau que saí pela a proa, formando com o horizonte um ângulo , chamado de “arrufamento”, que pode ir até aos trinta e cinco graus. Para oferecer apoio ao gurupés, o navio de madeira tem a roda de proa prolongada por um beque (nome dado à parte saliente da proa), chamando-se talhamar à peça mais à vante do beque. É na parte superior do talhamar que alguns que alguns navios têm a “figura de proa”, que é em geral um busto conhecido vulgarmente por “carranca”.


         
                                N.R.P. Sagres (Barca) - Marinha Portuguesa







Navio à vela de 5 Mastros e 42 velas - Royal Clipper (Star Clippers Cruisers)